sexta-feira, maio 12

Cultura e polêmica fazem a farra em SC

Todo ano, durante a Semana Santa, descendentes de açorianos revivem a prática da farra-do-boi. Todavia, para a maiora das pessoas, os adeptos apenas teimam em infringir a lei.

Porque de um lado estão as organizações não-governamentais em defesa dos animais, pressionando pelo fim da "brincadeira". De outro, dezenas de grupos de farristas, lutando pela conservação de uma tradição de cerca de 250 anos, trazida pelos imigrantes da Ilha dos Açores.

A farra-do-boi no litoral de Santa Catarina não é mais vista como uma prática "santa" desde os anos 80, quando as matérias jornalísticas passaram a enquadrá-la nas editorias de violência e não mais de cultura.

"Episódios brutais de repressão policial, como a ocorrida em Ganchos em 1988, protestos e campanhas nacionais e internacionais, execução de animais, ações na Justiça, portarias e pareceres de toda ordem foram comuns no período entre 1987-1994." - segundo o antropólogo Eugênio Pascele Lacerda.

O que é a farra? Anteriormente a farra-do-boi ou boi-na-vara era tida como um folguedo, um "habitualismo" ilhéu, uma "revivescência da tourada-a-corda", praticada no Arquipélago dos Açores, baseada na taurimaquia - arte de tourear o boi (Dicionário do Folclore Brasileiro de Luís da Câmara Cascudo/1962).

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