quarta-feira, maio 24

O caseiro que criou caso


Francenildo dos Santos Costa, 24, cuidava da casa nº 25, no Lago Sul, em Brasília.

Dia 15 de março, Francenildo depôs na Polícia Federal e acusou Palocci de freqüentar o endereço, conhecido em Brasília como "
a casa do lobby”. O Ministro da Fazenda costumava aparecer na casa "quinta-feira sim, quinta-feira não", durante oito meses, entre 2003 e o início de 2004.

"Tenho conhecimento de que era ele [Palocci] porque eu ia atrás para ver quem era. Eles falavam: - Ó, o chefe vai chegar tal dia", afirmou
Francenildo.

O troco foi imediato. Dia 17, às 18:45:02, o BlogBrasil, da revista Época, publicou o seguinte:

Época teve acesso a um conjunto de extratos de uma conta poupança na Caixa Econômica Federal em nome dele. A conta, de número 1048-8, fica na agência do Lago Sul (...). Segundo estes extratos, desde o início do ano, a conta recebeu depósitos de R$ 38.860,00. Todos foram registrados como 'depósitos em dinheiro'.

Francenildo reconheceu os depósitos. De acordo com o caseiro, eles foram resultado de uma doação familiar. (...) o pai mandou R$ 25 mil. (...) O empresário Euripedes Soares confirmou à Época que fez os depósitos, mas negou que seja pai do rapaz. 'O sobrenome dele é muito diferente do meu para eu ser pai dele', disse. Ele afirma que só vai explicar o motivo do depósito 'depois de falar com um advogado'.

O post da Época incendiou a rede. O blog do Noblat repercutiu a notícia e vários comentários de leitores davam como certo que o caseiro havia sido pago para testemunhar contra Palocci.

“Alguém ainda tem alguma dúvida que esse caseiro recebeu dinheiro para dar aquela entrevista? Como disse anteriormente: pobre também mente. Principalmente por dinheiro. Só o tucaNoblat não quer enxergar. Enviado por: Síndico.” Ou,

“Ele pode realmente ter visto o Palocci entrar naquela mansão. Mas com certeza não abriu o bico por amor de verdade. Ele vem sendo retribuído e treinado há meses para fazer a bomba estourar na hora certa. Nunca vi uma pessoa tão humilde se expor tanto chegando a dizer 'Confirmo até morrer'. Enviado por: Sérgio Reis”.

Era evidente que Época tivera acesso a dados sigilosos. Era evidente também que o sigilo bancário do caseiro fora violado e que alguém traficara a informação até Época. E o caseiro, falara a verdade?
Imagem aqui.

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