O caseiro que criou caso
Dia 15 de março, Francenildo depôs na Polícia Federal e acusou Palocci de freqüentar o endereço, conhecido em Brasília como "a casa do lobby”. O Ministro da Fazenda costumava aparecer na casa "quinta-feira sim, quinta-feira não", durante oito meses, entre 2003 e o início de 2004.
"Tenho conhecimento de que era ele [Palocci] porque eu ia atrás para ver quem era. Eles falavam: - Ó, o chefe vai chegar tal dia", afirmou Francenildo.
O troco foi imediato. Dia 17, às 18:45:02, o BlogBrasil, da revista Época, publicou o seguinte:
Época teve acesso a um conjunto de extratos de uma conta poupança na Caixa Econômica Federal em nome dele. A conta, de número 1048-8, fica na agência do Lago Sul (...). Segundo estes extratos, desde o início do ano, a conta recebeu depósitos de R$ 38.860,00. Todos foram registrados como 'depósitos em dinheiro'.
Francenildo reconheceu os depósitos. De acordo com o caseiro, eles foram resultado de uma doação familiar. (...) o pai mandou R$ 25 mil. (...) O empresário Euripedes Soares confirmou à Época que fez os depósitos, mas negou que seja pai do rapaz. 'O sobrenome dele é muito diferente do meu para eu ser pai dele', disse. Ele afirma que só vai explicar o motivo do depósito 'depois de falar com um advogado'.
“Alguém ainda tem alguma dúvida que esse caseiro recebeu dinheiro para dar aquela entrevista? Como disse anteriormente: pobre também mente. Principalmente por dinheiro. Só o tucaNoblat não quer enxergar. Enviado por: Síndico.” Ou,
“Ele pode realmente ter visto o Palocci entrar naquela mansão. Mas com certeza não abriu o bico por amor de verdade. Ele vem sendo retribuído e treinado há meses para fazer a bomba estourar na hora certa. Nunca vi uma pessoa tão humilde se expor tanto chegando a dizer 'Confirmo até morrer'. Enviado por: Sérgio Reis”.
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